sábado, 28 de agosto de 2010

Nega Recife

NEGA RECIFE


Antes do findar da madrugada

que paria um orvalho sem cor,

Recife dorme coom as pernas abertas

e acorda com os seios de fora

descabelada pela maresia ,de sua banheira de anfíbios sambados

já agitada por cantar canções ,de batuque forte e estrondoso,

e o sono já corrompe a cabeça,de quem espera seu café na cama,

um prato de torradas de lixo ,com um chá de lama podre,

e seus filhos q lhe visitam ,pra alimentar-se em seu frente

e depois fogem desesperados ,magoando suas feridas

assim aquela velha nega ,que se sente esquecida

se deita em mais uma calçada ,sem desejar outro dia.


(Lucas ironia)

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